sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Segundo trimestre


O segundo trimestre é efectivamente o mais calmo. Qualquer literatura da especialidade o vai dizer e da minha parte subscrevo integralmente.

Já não há aquele receio do primeiro trimestre, as coisas são agora mais certas e algumas das mudanças corporais começam a ser aceites com mais facilidade. Por outro lado, ainda não temos o peso e o barrigão dos últimos meses por isso faz-se tudo nas calmas.

Foi no segundo trimestre que conseguimos viajar uns dias, destino Zurique, que fui a concertos e eventos mais barulhentos a que não iria nos primeiros três meses. Foi também com dezanove semanas que marcamos presença no nosso primeiro Rock In Rio. Foram as primeiras férias grávida, com idas à praia e descanso, onde verifique um considerável crescimento da barriga.

Foi também nestes três meses que senti a bebé pela primeira vez, estava com vinte e duas semanas. Sentada na cama a ler, o pai no escritório numa conferência telefónica com um qualquer país do mundo, senti um movimento completamente novo. Saltei aos gritos pela casa, interrompendo trabalho, silêncio, conferência, só para apregoar que a minha bebé, a minha pequenina, deu de si pela primeira vez. E eu, que estava à espera desse momento basicamente desde o dia em que o teste deu positivo, fiquei imensamente feliz. Depois disto, sentir os movimentos foi-se tornando cada vez mais frequente e a presença dela na nossa vida ficou assim mais evidente.

O P. inventou uma canção para ela mexer, que ainda hoje canta e implica "dar um pontapé ao papá" e começou a ensinar-lhe a tabuada, todos os dias uma nova. Sim, isto pode soar um bocadinho estranho. Mas o homem é engenheiro e nada a fazer aos engenheiros. Temos assim que as conversas diárias com a piolha tinham sempre este momento didático. Quem sabe se quando ela não nascer as canções da tabuada não façam milagres.

Também um trimestre em que - agora sim - se vê claramente um aumento da barriga e em que as coisas vão sendo cada vez mais reais. É engraçado ver a evolução e lembrar-me de dias / roupas em que achava que estava realmente enorme, quando de enorme não tinha nada. É o exemplo perfeito da terceira fotografia, num fim-de-semana em que fui fazer uma caminhada solidária no sábado e um tour de bicicleta no domingo.






Foi também no segundo trimestre que conseguimos finalmente chegar a acordo quanto ao nome. Estaria decidido se fosse rapaz. Sendo menina, a coisa esteve mesmo complicada, comigo a querer porque queria fixar o nome de vez (não faz mais sentido começarmos a chamá-la desde cedo?) e com o P. e achar que ainda tínhamos imenso tempo. Foi em frente ao rio numa sexta-feira à hora de almoço, dia de sol e merenda no intervalo do trabalho, que finalmente pudemos dizer "família, a nossa bebé é a M.C."

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