segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Coisas a lembrar num próximo filho

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Não faças stock de fraldas porque vão deixar de servir antes de as gastares;

Ignora o que te dizem sobre roupa nos primeiros tempos e compra tamanhos pequenos (no caso, aproveita os da primeira filha);

Escreve tudo porque, ao contrário do que pensas, não te vais lembrar mais tarde;

Não aceites visitas no hospital, para além dos avós;

Os interiores da Zippy são os melhores do mundo;

Aconteça o que acontecer, não compres nem aceites interiores da Primark;

Prefere sempre pijamas com molas nas pernas;

Roupa linda de morrer nem sempre é a mais prática;

Em caso algum (repito, absolutamente algum) aceita "dar uma mãozinha" no trabalho durante a licença de maternidade;

Continua...

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Dramas na vida de uma mãe / mulher

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A minha filha de um mês e meio tem pestanas maiores que as minhas.
Benditos genes de pai!

sábado, 15 de novembro de 2014

But you must also remember that...

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Nas vésperas da MC fazer um mês, voltei ao médico para uma consulta de "revisão do parto."
No fundo saber se estava tudo bem, como tinha sido a recuperação e se podia retomar a vida normalmente - em especial quanto ao exercício físico.

Estava absolutamente descontraída porque me sentia lindamente. Nos primeiros dias depois do parto tinha ainda algum desconforto, mas quinze dias depois estava já totalmente operacional, sem qualquer dor ou impressão. Dizer só que os quinze dias não são exemplificativos; houve mesmo um momento em que, conscientemente, avaliei o meu estado e concluí que me sentia bem, sem qualquer efeito pós parto. Tinham passado exactamente duas semanas.

Foi por isso com total descontração que fui à consulta um mês depois.
Foi também por causa disso que fiquei altamente surpreendida com o resultado dessa consulta que, diga-se desde já, me pôs na sala de operações três dias depois.
Na ecografia - de rotina - foi detectado um pequeno fragmento de placenta no útero.

Fenómeno ao que parece bastante raro e alegadamente não detectável no pós parto natural.
O procedimento para remoção é também bastante simples e sem quaisquer implicações no futuro, sendo que não retirar os fragmentos é que pode, isso sim, impedir uma futura gravidez. Há casos em que causa hemorragias e febres altas mas no meu caso não tive qualquer sintoma.
Ainda assim, obriga a anestesia geral e a uma ida ao bloco.

Fiquei em pânico com a ideia da anestesia. Nunca fui operada a nada - aliás o parto foi a minha primeira experiência clínica - e assustava-me a ideia de não acordar, de perder a memória, ficar sem andar. Um desenrolar de tragédias. Na minha cabeça só me lembrava da cirurgia de altíssimo risco que a minha mãe fez (há quase vinte anos), em que disse ao anestesista: "eu tenho dois filhos. Tenho de acordar." Também tenho uma filha. E um marido. E uma família. Por favor, por favor que não fique estendida no bloco!

Três dias depois estava a dar entrada no hospital onde um mês antes tinha sido imensamente feliz, com médicos e enfermeiros a dizerem que só me esperavam ali daqui a um ano ou dois, para o segundo filho. Eu também..!

Eram nove e pouco da manhã e estava no bloco, para um procedimento que deveria ter durado vinte minutos e acabou por demorar duas horas, devido a algumas complicações. A parte boa de estar a dormir nessa altura é não me ter apercebido de nada disto; complicação é coisa que não queremos ouvir numa hora destas.
Ao que parece - fenómeno ainda mais raro - os milímetros de placenta que lá ficaram colaram de tal maneira às paredes do útero que retirá-los tornou-se um desafio. Tão desafiante até que o médico teve de ligar a um colega para ir lá auxiliar num outro procedimento qualquer - que acabou depois por não ser necessário.

Não ganhei para o susto.
Dei o meu estado saudável como adquirido e esta operação fez-me pôr em causa algumas certezas. Certamente não voltarei à consulta com um espírito tão leve.
Ainda assim, foi-me garantido que tudo tinha corrido bem, sem qualquer vestígio de placenta e tudo em correcto funcionamento.

De assinalar no meio disto tudo que me custou incomparavelmente mais o pós operatório desta cirurgia do que de todo um parto. Portanto, pôr crianças no mundo é mais fácil do que expelir restos de placenta - e lamento se isto é demasiado gráfico. Levantar-me depois desta operação foi um desafio em seis actos. Cada vez que tentava pôr-me em pé, tinha uma quebra de tensão que me obrigava a deitar outra vez. Quando finalmente me levantei e andei dois passos, caí redonda no chão - amparada pelas enfermeiras, do mal o menos, que evitaram demais lesões. Só ao fim de longas horas consegui sair da cama e ir de cadeira de rodas até ao carro para ir embora. Uma aventura em bom.

De futuro, em qualquer parto que venha a ter não deixo o hospital sem garantir que tiraram tudo o que era suposto tirar e que não fica qualquer bocadinho para contar uma história igual a esta. Deixo a dica.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Serei só eu..

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... que tenho vontade de trincar as bochechas da minha filha, enche-la de beijos até me cansar ou apertá-la no colo até ela chorar?

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Tuc Tuc... É Natal!

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A Tuc Tuc - marca que dispensa apresentações - tem para oferecer um miminho de Natal, juntamente com o Blog da Carlota - apresentação igualmente dispensável.
 
Há um porta bebés que me daria imenso jeito e um ursinho fofo em cima da mesa.
Queremos tudo!
 
 
Todos os detalhes, aqui.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

You must remember this

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Soube que estava grávida, via teste de gravidez positivo, num domingo no início de Fevereiro. Liguei ao meu médico no dia seguinte e a consulta da confirmação foi no dia 24 de Fevereiro. A sensação que tenho é que estive grávida todo o ano de 2014.
 
As mudanças impostas pelo estado de graça foram mínimas. Sempre me pareceu que gravidez não é doença e por isso fiz questão de fazer a vida normal.
 
As principais alterações foram mesmo na alimentação. Cortei os crus, as cascas, os enchidos. As comidas picantes e pesadas já não faziam parte da dieta, por isso nada de novo neste campo. Mas tive saudades de sushi, de uma boa salada, de uma tosta mista. Algumas destas coisas poderia até ter comido, se previamente congelado (no caso do fiambre) ou de molho em vinagre, mas nunca calhou. Outras coisas que me apetecia ter comido: francesinha (Deus sabe como me custou pedir uma "francesinha de queijo" no melhor restaurante da especialidade), mousse de chocolate e sushi. Sushi também, não sei se já disse.
Como passei o Verão todo grávida, há todo o ritual de sair à noite e beber um copo que me passou ao lado. Especialmente nas férias, em que juntamos os amigos rumo ao bar de sempre e em que é pouco agradável ficar a chá. Valeram-me ainda assim durante o dia os cocktails sem álcool, a substituir (malzinho..) o panaché gelado ou a  sangria na esplanada em cima da praia. Ainda assim, sobrevive-se e dá sempre para vingar nos gelados (A descoberta do Verão).
 
Alimentação à parte.
Não enjoei uma única vez durante a gravidez toda.
No primeiro trimestre tinha muito sono, tanto sono que julgava adormecer na secretária a qualquer momento, mas esse foi mesmo o único sintoma. Ao final do dia, chegando a casa, só me apetecia dormir, dormir e dormir. Foi melhorando com o tempo. Tanto que no final do tempo queremos dormir e não dá..!
 
Azia.. tive creio que três dias de muita azia nos nove meses.
Um desses dias provocado por pura estupidez (bebi sumo de laranja natural, seguido de limonada rabo de gato) e passei um dia muito mau. Mas poder contar pelos dedos as mãos (e ainda sobrar) as vezes que fiquei mal disposta, é na verdade uma bênção.
 
O efeito mais chato de todo o processo foi mesmo o inchaço do último mês. Passei Setembro com as mesmas sandálias abertas (fizesse chuva ou sol) porque era o único par de calçado que me servia. Na última semana a aliança passou para o dedo mais pequeno porque no sítio certo corria o risco de ter de ser arrancada a alicate. Mãos e pés sofreram ligeiramente no fim do tempo. Mesmo pondo as pernas ao alto, mesmo usando cremes de menta refrescantes, mesmo tendo feito algumas sessões de drenagem linfática, mesmo tomando um medicamento para esse efeito. Sem hipótese. Algum alívio mas nada mais. Pés e mãos já tinham voltado ao sítio quinze dias depois do parto. Portanto, incha, desincha e passa.
 
De resto, deixei o ginásio porque as aulas que fazia não me pareceram compatíveis com um bebé na barriga mas mantive sempre a actividade física. Fui a pé para o trabalho todos os dias até talvez duas ou três semanas antes do fim da gravidez - porque caminhar acelera as coisas e os 3 km. diários podiam desencadear um prematuro e andei de bicicleta enquanto o barrigão deixou. Procurei ter o mínimo de restrições possíveis e fazer a vida normal. Trabalhei até à véspera.
 
No último mês dormir tornou-se um desafio, não só pela falta de posição, como pelo acordar constante. A dada altura sinto que deixei de me mexer e passei a rebolar na cama, sempre que tinha de mudar de posição. Andar em pé passou também a fazer-se mais lentamente e nos últimos dias andava realmente muito devagar.
 
Peso?
Engordei dez quilos, contas redondas. Achava que nove era o meu limite mas no fim do tempo a engorda foi mais rápida do que estava à espera (a retenção de líquidos também não ajudou). Duas semanas depois do parto tinha exactamente o mesmo peso que a balança mostrava antes de engravidar e quatro semanas depois, estava ligeiramente abaixo. Milagres da amamentação. À data de hoje, continuo a querer perder quatro quilos, para cumprir a minha promessa de vestir o meu vestido de noiva no dia em que fizer três anos de casada. Lá iremos.
 
Tirei fotografias da barriga todas as semanas e vê-la crescer era uma alegria. Usei cremes anti-estrias desde o primeiro dia e, por esse motivo ou por outro qualquer, não fiquei com uma única estria. A forma do corpo no entanto ficou bastante diferente. Mais larga e a barriga mais mole (o exercício vai levar-me ao sítio, espero). Mas no próprio dia do parto o barrigão desapareceu completamente. Fenómeno extraordinário. O meu afilhado perguntava o que tinha acontecido à minha barriga e se era como um balão. Acho que deve ser. De manhã era uma bola gigante e dura, à tarde só estava lá a minha barriga de sempre, mas mais mole. Um mês e pouco depois do parto ainda não retomei o exercício físico mas tenho alguma esperança que, retomando, a coisa volte ao sítio.
 
Alterações de humor e ataques hormonais, não identifico nada. Talvez quem comigo convivesse tenha alguma razão de queixa mas honestamente acho que me mantive equilibrada. As hormonas só atacaram depois! 
 
Sempre quis ter filhos e questionava-me sobre todo processo, como seria estar grávida, o parto, o pós, a amamentação.
Hoje já posso dizer que estar grávida foi absolutamente maravilhoso. Adorei todos os dias e, depois do primeiro filho, continuo a querer ter quatro.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

De volta!

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A minha filha ainda não fez um mês e voltei hoje à manicure!
Score!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

True story

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Diria que não há nada mais doce do que adormecer a minha filha no colo.

domingo, 2 de novembro de 2014

Outras coisas úteis na vida de uma mãe

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A maternidade na óptica do utilizador fez-me aperceber de duas falhas graves nos artigos de bebé.
 
Uma delas, chip que meça a quantidade de leite que o bebé ingere quando mama. Isso ou peitos transparentes, também não estava mal;
 
Outra, um dispositivo / mecanismo que segure a chupeta na boca do bebé e que a impeça de cair quando já está quase, quase a dormir, evitando assim que acorde.
 
 
Chiccos deste mundo se me ouvem é fazer favor de começar já a executar estas ideias, a ver se ainda se produzem em tempo útil.
Agradecida.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Hormonas, hormonas.. o que foi que me fizeram?

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Certo e sabido que a gravidez dá uma volta às hormonas e uma pessoa fica mais sensível, mais emotiva, mais menina (no sentido de depreciativo de "és uma menina!).
 
Para grande orgulho próprio, fiz toda a gravidez sem qualquer sinal de hormonas estranhas. Não chorei mais do que o normal, não me emocionei mais do que o normal, vi vídeos de gatinhos, cãezinhos e bebés sem qualquer lágrima (excepção feita à curta metragem espanhola - Cuerdas - em que chorei como uma condenada).
 
Vamos dizer que andava normal. A gravidez não fez estragos a este nível e eu contentinha da vida, que rija que sou.
 
O que sucede?
Mal a criança nasce, baixou em mim a suprema hormona do choro e é ver-me em lágrimas por qualquer coisinha. Aflitivo, juro!
Qualquer cartão de parabéns ou felicidades era coisa para me fazer gastar um pacote de lenços. Qualquer gesto mais atencioso, lá se soltavam as lágrimas. Um terror!
 
Consegue-se por isso imaginar o cenário de tragédia grega que me assaltou quando o P. pôs em cima do berço da piolha um embrulho com uma mensagem - com uma prenda para a mamã. Me-do. 
 
Entretanto, a coisa voltou a agravar-se quando recebemos do meu irmão um willow tree - new life - lindo, lindo, lindo.
 

Acho que estou estragada..

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Terceiro trimestre

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Parece estranho voltar à gravidez quando tenho a sensação que já não estou grávida há uma eternidade. Mas quero fechar este ciclo, que termina precisamente com o terceiro trimestre.
 
O terceiro trimestre é o mais longo. Não me venham dizer que dura o mesmo que os outros porque é mentira. É enorme e dura mais que toda a gravidez. A barriga cresce exponencialmente - de dia para dia, diria até - andar e dormir vão sendo actividades cada vez mais difíceis de executar e a casa de banho é o sítio onde passamos mais tempo por dia. Maldito xixi!
 
Foram os meses em que comecei a sentir contrações - sendo que a primeira vez foi um susto que implicou falar com o médico e duas amigas, só para ter a certeza que estava tudo bem e em que os movimentos da bebé por vezes exigiam parar no meio da rua para a sossegar.
 
Comecei também a desejar com mais força o fim da gravidez, ainda que tenha adorado estar grávida, com a curiosidade de a conhecer finalmente.

Fizemos as malas. Escolhemos a roupa para o dia do nascimento. Preparamos o quarto para a receber. Montamos o carrinho e o autofix no carro. Conversamos com ela. E tiramos dezenas de fotografias.


 
 

Esta foi no dia em que ela nasceu, pouco depois da meia noite. Não sabia que seria a última fotografia da barriga, já que tinha planos para sessões fotográficas durante o dia. A vida é mesmo assim, troca-nos as voltas. Daqui, fui direitinha para o hospital. E o resto, tem sido maravilhoso!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Para guardar para sempre

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Havemos ainda de falar do terceiro trimestre e das últimas semanas que pareceram durar mais do que toda a gravidez. Quem sabe não falamos também dos pés e mãos inchados, da pouca azia e da locomoção de caracol. Falaremos ainda certamente das maravilhas desta gravidez. Mas antes disso, o dia.

Começar por dizer que fiz a gravidez toda a 300 km. do meu médico e do local do nascimento. No início tivemos algumas dúvidas sobre a loucura desta decisão mas o tempo foi passando, as coisas a correr bem e nem deu para re-pensar a escolha. Fizemos todas as consultas, exames e análises e fomos acompanhados de perto pelo melhor médico de sempre. Hoje já podemos dizer que foi a melhor opção.

Por precaução, e depois de uma ida ao hospital com suspeitas de grandes contrações, decidimos mudar-nos para mais perto do local do acontecimento cerca de duas semanas antes do fim do termo. Just in case. Desde essa altura, as contrações reduziram brutalmente e nas consultas o médico ia dizendo que ainda não estava tão imediato assim.

No dia 6, com 39 semanas, o médico achou que estava tudo a postos, miúda pronta, tudo no sítio, e por isso sugeriu que nos apresentássemos ao serviço - diga-se no hospital - no dia 8 às dez da manhã, para pôr a coisa a andar.

Ora tudo muito bem.
O que fazem duas pessoas sensatas e normais? Vão descansar, sossegadas da vida.
O que fazemos nós? Metemo-nos no carro e toca a dar um saltinho a casa - a, repita-se, 300 km. de distância - para regressar no dia seguinte à tarde.

Em teoria o plano era bom: terça de manhã o P. tinha uma reunião, eu tinha de passar na empresa para fechar uns assuntos pendentes - naquele que seria o último dia de trabalho antes da bebé nascer - e por isso nada mais lógico de que atravessar meio país ao final do dia.

Chegamos a casa pelas oito. Fomos jantar a um restaurante de sempre, perto para não andar muito, namoramos o nosso sofá e a nossa casa e tudo a correr bem.

Até às sete da manhã.
Para pessoas como eu que se questionavam qual a diferença entre as contrações de treino e as de trabalho de parto e que ouviam de toda a gente "quando for a sério vais saber", é absolutamente verdade. Não há qualquer dúvida entre uma coisa e outra. De maneira que foi assim que acordei, com contrações à séria, com vinte minutos de intervalo. Toca de ligar ao médico, que naturalmente me manda de imediato Portugal a acima para ir ter com ele às 13:00 h. ao hospital. Voamos de casa em vinte minutos, depois de banhos, arrumos e carro carregado, A1 fora.

O que dizer?
Foi uma viagem super gira.
Contrações cada vez mais fortes, P. a cronometrar os intervalos e duração, aqueles cada vez mais curtos, esta cada vez mais demorada. Respira, respira, respira. Momento para pensar que talvez não chegue a tempo e ela nasça algures em Fátima, Leiria ou Coimbra, num hospital qualquer ou mesmo no carro, sem o meu médico querido do coração, talvez à mão de um bombeiro ou do pai. Capas de jornais do dia seguinte: casal de ideias estranhas tem filho em plena auto-estrada.

Calma. Respirar fundo.
O P. é o melhor condutor do mundo e leva-nos sãs e salvas. A meio do caminho tinha a certeza que chegaríamos a tempo.
Parar então para o pequeno-almoço numa área de serviço da A1. Comer metade de um pão com queijo entre duas contrações e seguir viagem. Mais tarde iria arrepender-me de não ter comido mais.

A 10 km. do destino, contrações com 6 minutos de intervalo e bastante tempo antes da hora combinada com o médico, diz-me que é melhor ir ter com ele ao hospital onde está. Não é este o meu hospital. Receio ficar já ali. Vem buscar-me ao parque de estacionamento para me levar para exame. Chama a anestesista e manda-nos aos três - nós as duas e o P. para o nosso hospital fofinho onde a miúda ia nascer.

Dar entrada por volta do meio dia.
Ligar finalmente aos pais para dizer que "afinal não estou na empresa como te disse há 150 km. atrás mas acabo de dar entrada no hospital. Por favor traz a minha mala e a da bebé. Nasce hoje."

Encaminharam-me para o quarto, conheci a parteira - pessoa mais anjo da guarda de sempre - instalei-me confortavelmente, contrações cada vez mais fortes, dores à mistura até chegar a tão bem dita da epidural e se ter feito sol na minha vida. Zero dor a partir daí. Resto de manhã / início de tarde confortável, com direito a soninho e tudo. Uma paz. Uma calma. O melhor hospital de sempre, com as melhores pessoas, tão queridas, tão prestáveis, tão atenciosas.

Por volta das três da tarde, a parteira que me foi examinando diz que vai reunir a equipa para irmos para a sala de partos. Então? Já? Passa o meu médico para ver o estado de alma, dá-me um até já e de imediato preparamos tudo para descer.

Neste instante o P., que até à data não ia assistir, decide ir também. Uma surpresa mais do que especial. Já disse que tenho o melhor marido do mundo e que o grande feito da minha vida foi ter casado com ele?

Depois de descermos até ao destino, consegui manter a calma até ver a luz gigante e redonda da sala de partos. Nesse momento comecei a tremer um bocadinho. Estava bem e sem dores mas algo tremelicante.

Ajudou no entanto o ambiente descontraído do bloco. Médicos e enfermeiras em modo piadas, tudo na maior descontração, tipo esplanada de praia. No meio disto alguém diz para fazer força. A parte famosa dos partos. Foram duas ou três forças e de repente um bebé a chorar. São 15:52 do dia 7 de Outubro de 2014 e a nossa vida mudou para sempre.

Cinco segundos de mundo parado.
O P. corta o cordão e dão-nos no colo a nossa filha. A nossa filha. Alguém acredita nisto? 

O meu corpo cria de imediato um segundo coração para abarcar o amor gigante que se sente pela nossa nova pessoa. Somos três e eu tenho dois corações para os meus amores maiores.

Saio da sala de parto com a bebé ao colo, que já vai a mamar.
Os exames mostram que está tudo bem e eu agradeço  a Deus pela saúde, que é o nosso maior bem.

Vamos os três para o quarto e a nossa vida re-começa agora.
Daqui para frente só podemos ser felizes para sempre.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Aos 7 de Outubro de 2014

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Nos dias a seguir ao meu casamento, dizia com alguma nostalgia que achava que nunca mais ia ter um dia assim. 
Na altura a minha nãe disse-me que o dia mais feliz da minha vida seria o dia em que tivesse filhos.

Por hoje, dizer apenas que a minha mãe tinha razão.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Pelo sim, pelo não, se calhar começo a ler-te o código civil e legislação conexa

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Lei 6/2006 de 27 de Fevereiro

Art. 14.°
Acçao de despejo

1. A acção de despejo destina-se a fazer cessar a situação jurídica do arrendamento.
(...)

Art. 15.°
Procedimento especial de despejo

1. O procedimento especial de despejo é um meio processual que se destina a efectivar a cessação do arrendamento quando o arrendatário não desocupe o locado na data prevista.
(...)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

38 semanas

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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Ou ganho duas vezes o euromilhões..

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Como já disse várias vezes no outro estaminé, estou absolutamente investida em doar todo o meu dinheiro, sangue, suor e lágrimas na descoberta do teletransporte. Das poucas vezes que jogo no Euromilhões, tenho a certeza que é desta que se dá (ainda não foi, infelizmente) e é o meu desejo de ano novo há vários anos. Aposto que um dia se realiza.

Ontem no entanto tive uma ideia que me divide agora o coração: um timer de gravidez. Tipo forno, estão a ver? É que chega a uma altura da gravidez, como ontem precisamente, em que uma pessoa se vê cheia de contrações e pensa: pronto, está na hora. Mas vai a ver e afinal não era bem. Coisa que até acaba por confirmar numa consulta à noite. Ora, não seria tudo mais fácil se a nossa barriga emitisse um sinal sonoro no momento em que estivease tudo a postos para o nascimento? A coisa começava a apitar, pi pi pi, pi pi pi, e uma pessoa ia à sua vidinha para o hospital. Não havia cá dúvidas se a contração era de treino, se era de nascimento.

Depois dizem-me "quando for a sério tu sabes." Mas sei como se a barriga não fala? Faz lembrar a primeira aula de condução: "ouça o carro a pedir a mudança."

Bem, o certo é que se acaba mesmo por perceber o que quer o carro e vai na volta com o trabalho de parto será a mesma coisa - com um bocadito mais de dor, não? Mas ainda assim - mesmo com esta convicção - tenho para mim que um timer de barriga era uma invenção para lá de espectacular!


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Baby Center

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Falaram-me deste site no início da gravidez e subscrevi a newsletter desde logo. Passei assim a receber e-mails semanais com o estado da gravidez actualizado, o que rapidamente se tornou numa boa rotina de domingo.

Para além de nos manter informados quanto aos desenvolvimentos semana a semana, tenho quase a certeza que está dentro da minha cabeça a ver o que se passa, para depois me dar respostas aos domingos. Se durante a semana dormi pior, ao domingo o e-mail dizia-me "é normal que esta semana ande a dormir pior porque...", se lá tinha mais azia, "esta semana tem azia porque.." Um companheiro de viagem a adivinhar todos os pensamentos.

A descrição da semana em curso vem sempre acompanhada de artigos sobre os mais diversos temas, há um fórum de discussão (que nunca abri), vídeos, imagens (que também nunca vi) e listas de coisas que não devemos esquecer. Muito útil, muito próximo, bastante informativo.


domingo, 28 de setembro de 2014

Unhas e parto

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Também podia ser um "dúvidas na vida de uma grávida" mas até ontem nunca me tinha questionado sobre isto.

Tudo começou no dia em que tinha manicure marcada e uma tia me disse que não podia pintar as unhas. Como assim não posso pintar as unhas? Ora bem, diz que a saúde começa pela ponta dos dedos e que a cor das unhas tem importância no saber se está tudo bem. Optei por um branco clarinho, achando ainda assim que terei tempo de o tirar antes do parto.

Entretanto precisei também de pedicure mas fui logo informada que pintar as unhas, não senhora., não com um parto à porta. A pessoa, que conheço há anos, lá saberá e acabei por vir com um transparentezinho que há de mostrar toda a minha saúde.

Acabei por não confirmar clinicamente se esta coisa das unhas é verdade ou mito. Mas nestas coisas nunca fiando, que com a saúde não se brinca. Tenho para mim que ainda tiro o pouco verniz que resta antes da bebé nascer. Mas no fundo, no fundo, questiono ligeiramente esta teoria. Se calhar o melhor é perguntar a quem sabe. . Alguém?

sábado, 27 de setembro de 2014

Coisas que me sabem bem (ou melhor) na gravidez #3

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Fins-de-semana!

Verdade que sempre nutri um carinho especial pelos sábados - pelas sextas também, que é o melhor dia da semana. Mas agora, e em especial à medida que a coisa vai avançando, os sábados são uma pequena miragem no deserto que são as semanas. Trabalhar com 38 semanas faz maravilhas por mim, mas cansa ligeiramente. O acordar cedo, preparar para sair, arrumar as coisas do dia anterior, pequenos-almoços, almoços para levar, ir, trabalhar as santas 10 horas, voltar. Tudo normal, é certo, mas movimento-me a uma velocidade mais lenta e canso-me mais. Além disso não ando, rebolo, o que me cria maiores desafios.

Por isso, os sábados são assim uns fofinhos que me entram pela vida e me sabem a sopas e descanso. Aliás, para ser justa, sabem a panquecas e sol, como o pequeno-almoço que o P. preparou para nós e que comemos na varanda a começar na perfeição este fim-de-semana.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

37 semanas

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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dúvidas na vida de uma grávida

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Às 37 semanas, como é que se distinguem as contrações de treino das contrações de trabalho de parto?

domingo, 21 de setembro de 2014

I Move - Chicco

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Tivemos a sorte de conseguir herdar a maior parte das coisas do enxoval da bebé. Digo berço, cama de grades, alguma mobília, roupas.
Claro que uma mãe (e uma avó, especialmente!) acaba por perder a cabeça com várias coisas - na roupa de menina então, é uma desgraça! - mas no geral acho que fizemos boas opções a custos simpáticos.

A melhor aquisição foi sem dúvida o carrinho - bem que não foi possível herdar de ninguém.
Andávamos de olho na Chicco (gosto especialmente) mas fomos vendo também outras marcas e opções. O meu coração batia no entanto mais forte pelo I-Move, que conhecíamos de uma sobrinha.

Num fim-de-semana em que a Chicco fez o favor de pôr a loja toda com 20% de desconto, decidimos perder a cabeça. Se virmos isto como um investimento para os filhos que (espero) se seguirão, o custo fica bastante diluído e vendo bem as coisas, acaba a ser uma peça barata. Numa noite só, são uns contos largados.



Ainda assim, vale todos os cêntimos.
É fofinho que só ele, lindo de morrer e aquela coisa dos 360º é assim uma grande invenção.
Depois deste, só vimos um outro carro em que o P. ficou de olho, que tinha a particularidade de, com o movimento, carregar o telemóvel. Pronto, nada como uma coisa toda tech para o homem se perder de amores.
Montamos o carro em casa logo no dia em que o trouxemos e aí tem estado. De vez em quando ando com ele para a frente e para trás, só para treinar - coisa de gente maluca, já se sabe - mas, pensando bem, já não falta quase nada para a levar lá dentro nos passeios.

sábado, 20 de setembro de 2014

Mimos!

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Uma querida, querida amiga ofereceu-me aqui há dias um mimo muito especial.
Chama-se "O bebé mais feliz do mundo" e vem em forma de livro, supostamente bastante conhecido no mundo da maternidade.

Comecei a ler no próprio dia mas pelo fim, pelas dez dicas para pais de primeira viagem.
Para além de muitas coisas interessantes, algumas das quais já me passaram pela cabeça, confesso, aprendi que às vezes, uma mãe só precisa da um bocadinho de paciência e de uma massagem.
Ora aí está uma ideia como deve ser! Mimos e festas às mães, com fartura, faz favor!

Pronto, depois deste super conselho, nada mais necessário é para me pôr a ler o livro todo quase de uma vez só.
Já percebi que o senhor tem uma teoria sobre o quarto trimestre, que devia acontecer na barriga mas que por imperativos da natureza (alguém conseguia mesmo pôr uma criança de doze meses cá fora?) acaba por ter lugar no mundo. E que por isso os pais devem ter atenções especialíssimas neste início de vida. Há também teses giras sobre o colo e o choro e assim à partida parece-me bem.

Tenho para mim que ler muita coisa não faz de ninguém melhor pai ou mãe mas já que conhecimento não ocupa espaço, não custa nada aproveitar. Especialmente se prometer fazer dos nossos bebés os mais felizes do mundo.


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Segundo trimestre

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O segundo trimestre é efectivamente o mais calmo. Qualquer literatura da especialidade o vai dizer e da minha parte subscrevo integralmente.

Já não há aquele receio do primeiro trimestre, as coisas são agora mais certas e algumas das mudanças corporais começam a ser aceites com mais facilidade. Por outro lado, ainda não temos o peso e o barrigão dos últimos meses por isso faz-se tudo nas calmas.

Foi no segundo trimestre que conseguimos viajar uns dias, destino Zurique, que fui a concertos e eventos mais barulhentos a que não iria nos primeiros três meses. Foi também com dezanove semanas que marcamos presença no nosso primeiro Rock In Rio. Foram as primeiras férias grávida, com idas à praia e descanso, onde verifique um considerável crescimento da barriga.

Foi também nestes três meses que senti a bebé pela primeira vez, estava com vinte e duas semanas. Sentada na cama a ler, o pai no escritório numa conferência telefónica com um qualquer país do mundo, senti um movimento completamente novo. Saltei aos gritos pela casa, interrompendo trabalho, silêncio, conferência, só para apregoar que a minha bebé, a minha pequenina, deu de si pela primeira vez. E eu, que estava à espera desse momento basicamente desde o dia em que o teste deu positivo, fiquei imensamente feliz. Depois disto, sentir os movimentos foi-se tornando cada vez mais frequente e a presença dela na nossa vida ficou assim mais evidente.

O P. inventou uma canção para ela mexer, que ainda hoje canta e implica "dar um pontapé ao papá" e começou a ensinar-lhe a tabuada, todos os dias uma nova. Sim, isto pode soar um bocadinho estranho. Mas o homem é engenheiro e nada a fazer aos engenheiros. Temos assim que as conversas diárias com a piolha tinham sempre este momento didático. Quem sabe se quando ela não nascer as canções da tabuada não façam milagres.

Também um trimestre em que - agora sim - se vê claramente um aumento da barriga e em que as coisas vão sendo cada vez mais reais. É engraçado ver a evolução e lembrar-me de dias / roupas em que achava que estava realmente enorme, quando de enorme não tinha nada. É o exemplo perfeito da terceira fotografia, num fim-de-semana em que fui fazer uma caminhada solidária no sábado e um tour de bicicleta no domingo.






Foi também no segundo trimestre que conseguimos finalmente chegar a acordo quanto ao nome. Estaria decidido se fosse rapaz. Sendo menina, a coisa esteve mesmo complicada, comigo a querer porque queria fixar o nome de vez (não faz mais sentido começarmos a chamá-la desde cedo?) e com o P. e achar que ainda tínhamos imenso tempo. Foi em frente ao rio numa sexta-feira à hora de almoço, dia de sol e merenda no intervalo do trabalho, que finalmente pudemos dizer "família, a nossa bebé é a M.C."

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

36 semanas

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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

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- Olha a minha barriga aos saltinhos. A bebé está com soluços.

P. aproxima-se da barriga devagarinho.

- Bú!

domingo, 7 de setembro de 2014

Aquele momento em que descobres uma peça de roupa que ainda serve

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Não queria fazer grandes investimentos em roupa de maternidade mas ao fim de quatro meses já nenhum par de calças apertava. Posto isto, não tive alternativa.
 
A H&M foi a minha melhor amiga.
As roupas da linha pré mamã são giras sem serem excessivamente caras ou parecerem sacos de batatas.
Comprei inicialmente dois pares de calças de ganga e dois mais formais, para trabalhar.
Com o tempo acabei por comprar outras coisas, com dois ou três vestidos e talvez mais uma calças. No Verão, um par de calções de ganga foi a minha best choice de todo o armário.
 
Nestas andanças de compras, ainda que tenho comprado mais do que queria, procurei apostar naquilo em que não tinha alternativa - as partes de baixo.
Para cima fui usando túnicas que já tinha, blusas, alguns tops, peças mais largas ou licras, que ficam agora mais justas mas cumprem o seu papel.
 
Com quase 35 semanas já não tenho nada que me sirva dessas roupas pré-gravidez. Tudo o que visto é curto (o P. diz que eu sou o bêbedo da tasca, com o fundo da barriga à mostra) e encontrar uma coisita que já não repeti cem vezes ao longo da gravidez, um verdadeiro milagre.
 
Hoje, que é fim-de-semana e esteve um calor infernal, foi com imensa alegria que desencantei uma t-shirt que não vestia há seis meses e que ainda cobre integralmente o barrigão. Depois deste achado, temo que só de lençol me aguente. Ainda assim, um momento yupi na vida de uma grávida.

sábado, 6 de setembro de 2014

Moleskine passion Baby Journal

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É facto do conhecimento público que sou A louca dos cadernos, blocos, resmas e conjunto de folhas. Há qualquer coisa de fantástico no papel, não sei se o cheiro, se o toque, se a expectativa.
Nesta coisa dos cadernos e papéis, a Moleskine posiciona-se em primeiro lugar. São mundialmente famosos e eu adoro ir namorá-los às lojas 
Até à data nunca comprei nenhum porque me parece honestamente que o preço é ligeiramente inflacionado, em especial se pensar que consigo produtos idênticos por menos de metade do preço.

Hoje no entanto tudo acabou!
Chegou às minhas mãos, fresquinho como uma alface, o meu Moleskine Passion Baby Journal.


O nome diz tudo, mas é basicamente o meu caderno de bebé.
Já devia ter pensado nisso no início da gravidez mas mais vale tarde que nunca.
Estou apaixonadíssima!
Tão apaixonada que estou acordada daesde cedosó para brincar. Como se fosse Natal.





sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Se calhar já só falta um bocadinho assim

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Na última ecografia morfológica, feita às 33 semanas, os parâmetros de crescimento e desenvolvimento da piolha diziam que estava ali uma bebé de quase 36 semanas.

Em face deste cenário, o médico arriscou num "se calhar nasce antes das 40 semanas."

Nós que nos vinhamos preparando para meados de Outubro, estamos afinal a ver que vai na volta temos a rapariga cá fora logo nos primeiros dias.

E isto é maravilhoso e queremos muito que ela venha quando entender, mas na verdade.. faltarão mesmo só três semanas??

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Coisas na vida de uma grávida

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- Por favor, de que são as empadinhas?
- As maiores são de frango e bacon, as de sementes são de pato, aquelas de legumes e as últimas de frango.
- Pode ser uma de vitela e outra de... desculpe, importa-se de repetir?

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

34 semanas

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Coisas que me sabem bem (ou melhor) na gravidez #2

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Gelados de bola.

Esta é uma novidade na minha vida. Gosto muito de gelados mas não de bola. Santini, Emanha, Haagen Dazz e similares eram coisinhas que me passavam totalmente ao lado. Falem-me de gelados Olá ou Nestlé (gelados de pau) e a coisa já canta de outra maneira. Mas bola..? Não convence!

Desde que engravidei no entanto, e talvez isto até esteja relacionado com o aumento da temperatura do corpo, fiquei viciada em gelados. Santini é oficialmente o meu melhoe amigo. Perdoa-me todas as vezes que disse mal de ti. Ou pior, todas as vezes em que fiz fila para acompanhar amigos, sem pedir absolutamente nada para mim. Quanto desperdício! Podia andar alegremente a enfardar gelado há tanto tempo mas não..! Não estava em mim certamente. Há lá coisa melhor que uma bola de gelado de maça?

Ainda assim, espero que esta seja uma das coisas que desapareça depois da bebé nascer porque não há linha que aguente tanta tentação.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Primeiro trimestre

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O primeiro trimestre é por definição o de maiores preopações. Para além de ser tudo uma grande novidade, é um periodo em que tudo pode acontecer. É nesta altura que tendemos a ler sobre percentagens de sobrevivência em gravidezes tão no início e em que os resultados não são nada promissores. Além disso, é também nestes três meses que temos de ter cuidados extra para que tudo corra bem, sem nos sentirmos ainda completamente grávidas.

No meu caso, e como não via a barriga a crescer, preocupava-me essencialmente o estar mesmo grávida. Perguntava-me várias vezes se seria mesmo real, se estava realmente à espera de um bebé, como podia ter a certeza que estava tudo bem se não havia sinais externos. 

No fundo, esta é possivelmente a maior marca do meu primeiro trismestre. Não enjoei uma única vez, não tive qualquer indisposição, tudo se passou como se não estivesse grávida. O único sintoma que identifico à gravidez é apenas o sono. Em geral tenho já bastante sono. Nesses três meses, piorou ligeiramente. Quando chegava do trabalho às sete e meia ou oito, estava prontinha para dormir. Ficar acordada foi o maior desafio. À parte disso, tudo absolutamente tranquilo.

Nesta data, desafio é também reconhecer que, embora lá para o final da semana onze ou doze, eu achasse que já tinha uma barriga imensa, na verdade, não tinha mesmo qualquer ponta de barriga. A comprovar, as primeiras fotos dos primeiros três meses.

 



A segunda fotografia foi tirada num fim-de-semana com as amigas, quando lhes contei. Chegamos todos numa sexta-feira à noite, vindos de diferentes pontos do país. Uns levaram bolo para o reencontro, outros umas miniaturas de uma bebida da terra, outros ainda ofereceram uma foto do grupo tirada no ano anterior, num casamento. Nós?

- Nós não trouxemos nada. Ou melhor, trazemos um bebé na barriga.

Foi assim que, sem mais avisos, contámos às tias, estávamos de dez semanas.

Quinze dias mais tarde fomos fazer a primeira ecografia morfológica e a 3D.
É uma coisa fenomenal ver tudo, tal e qual se passa dentro da barriga, com direito a bebé a nadar e a mexer por todo o lado. Neste dia o médico perguntou se, estando praticamente certo do sexo, queríamos saber. Quisemos.

Foi a 3 de Abril que com cerca de doze semanas soubemos que vinha aí uma menina.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O que poderia ter sido

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Sempre quis ter filhos. Gosto de pensar até que vamos ter muitos filhos. Como não sei onde a vida nos leva, pensemos nisto um filho de cada vez.
A começar na piolha.

Quando decidimos que queríamos engravidar, eu já sabia de que forma ia contar ao P. quando se confirmasse. Pensava nisto há algum tempo. Queria fazer uma coisa especial e dar-lhe a notícia de forma original e fofinha. Ainda que isto seja uma coisa dos dois, a natureza fez de forma a que a mulher possa saber antes. Por isso, na minha cabeça, eu saberia antes e ia preparar uma surpresa para lhe contar que o nosso bebé estava a caminho.

Tinha imaginado fazer um jantar em casa e colocar no lugar dele um pequeno embrulho. Nesse embrulho estaria uma chupeta. Juntar a isto uma mensagem, coisas bonitas e profundas sobre o futuro feliz que nos esperava, sobre amor e família. Uma coisa como deve ser.

Acabou por ficar antes demonstrado que não se devem fazer planos. Soube de facto antes mas contei em modos totalmente diferentes do que tinha imaginado. Pequeno rato, portanto..! 

Faz-me pensar que isto de sermos pais é realmente gigante e avassalador. Sempre o desejei com todas as forças mas quando se confirmou tive aquele segundo de pânico, do "e agora?" que me impediu de reagir como uma pessoa normal. Talvez por ter sido tudo muito rápido, talvez por ser mesmo a maior coisa da vida.

sábado, 30 de agosto de 2014

Coisas que me sabem bem (ou melhor) na gravidez #1

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Água e banhos em geral.

Não só chuveiros à noite antes de dormir como banhos de mar. Já era fã e a gravidez só exponenciou este gosto.
Uma das coisas que é característica deste meu estado é a alteração da temperatura. Não morri de calor nem tenho sofrido com isso mas tenho o termómetro efectivamente mais alto. Por causa disto, os banhos sabem especialmente bem.
A prova provada foram as férias. Ainda que sempre tenha feito praia nas praias do Norte e esteja por isso mais que habituada à temperatura do mar, a verdade é que demoro sempre o meu tempo a entrar na água e a coisa sempre se fez com calma. Este ano, sinto que só estou bem no meio dos peixes e entrar no mar da minha praia ficou uma brincadeira de crianças. 
Para além disso, ao banho da manhã (este de chuveiro) juntei o banho do final da tarde e o da noite, como formas de refrescar. Só vantagens, salvo talvez na conta na água. 


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Musts - Produtos de grávida

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Quando se engravida pela primeira vez, procuram-se conselhos em quem já passou pelo mesmo. Outras coisas há que experimentamos sem ninguém nos ter dito mas acho que a experiência de outros pode sempre dar uma ajuda.

A mim, esta deu.
Falaram-me logo no início de produtos para as estrias e comecei a usar muito cedo um creme na barriga.

Comprei o Anti estrias Velastisa da Isdin e acho-o realmente muito bom. Bastante caro quando comparado com outros - em especial linha de supermercado - mas francamente bom.


Quando acabou não voltei a comprar.
Não porque não tivesse gostado mas porque quis mesmo experimentar outra coisa.

Tinha conhecido entretanto a linha nove meses da Mustela. O creme das pernas é a oitava maravilha do mundo - já lá vamos - e a marca tem também creme e óleo para estrias.

Apostei então no creme, que trazia de oferta o óleo e fiquei a conhecer os dois.

Quanto ao creme anti estrias dupla acção Mustela 9 meses
Não é tão bom como o da Isdin, embora cheire muito bem e seja também mais amigo da carteira.
Tem um inconveniente para mim que é o ser difícil de espalhar. Faz uma pasta branca fina que demora bastante a absorver. Conclusão, a pessoa fica ali cinco minutos até ver o creme desaparecer. Talvez isto tenha algum benefício na absorção mas a mim não me agradou particularmente. Fora isso, é um bom creme.


Em relação ao óleo de cuidado estrias Mustela 9 meses
Eu sou fã assumida de óleos hidratantes. O do Boticário faz de mim uma pessoa mais feliz e já perdi a conta aos que já comprei. Desde que entravidei deixei no entanto de usar já que ao que parece é pouco aconselhável. Este da Mustela, para os meus padrões elevados em óleos, não é um anjo na terra mas não é mau. Uso essencialmente à noite e de manhã o cheiro ainda se sente. Na pele e no pijama. É a beleza dos óleos, de resto.


Ainda assim, e considerando que os produtos são para o que servem, a utilização diária dos três até este momento tem-me poupado às estrias por isso cumprem a sua missão. Usei o Velastisa uma vez por dia até acabar e quando comecei com o Mustela usei o creme de manhã e o óleo à noite. Ultimamente, e porque deixei o óleo em casa, ponho o creme de manhã e à noite. Não experimentei outros produtos mas estou satisfeita com qualquer um deles.

Satisfeita também mas para lá de contentinha, deixou-me o creme bem estar instantâneo pernas, também da Mustela 9 meses. Foi simplemente o melhor produto que me aconteceu na gravidez e já vou na segunda embalagem. É fresco e fofo e dá um alívio imediato a pernas entorpecidas. Muito, muito bom. Vai cem por cento recomendado.


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Estamos à espera de um bebé. E agora?

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A primeira coisa que fizemos no dia em que confirmamos a gravidez foi contar aos nossos pais.
Bem sei, ou soube entretanto, que se deve esperar pelo menos até às treze semanas mas há certas coisas pelas quais não podemos esperar. Esta era sem dúvida uma delas. Eles agradeceram.

O passo seguinte foi marcar uma consulta, que só aconteceu duas semanas depois.
Quando lá chegamos disse ao meu médico que tínhamos feito um teste de gravidez e estávamos ali para confirmar ou desmentir.

- Desmentir? Nós aqui não desmentimos nada, só confirmamos.

Foi assim que se confirmou a gravidez, a 24 de Fevereiro e a 300 Km. de Lisboa, numa consulta que nos fez chegar a casa depois das duas da manhã.

Foi também nessa altura que decidimos que o resto da família saberia desde o início.
Eu fazia anos dentro de dias e a altura pareceu perfeita.
Não eram as treze semanas que gostaríamos mas foi uma opcção nossa de, num dia em que todos estavam reunidos, dar a novidade. Não nos arrependemos e as reacções foram boas.

A verdade é que, assim que casas, as pessoas esperam que tenhas filhos no imediato. Não foi obviamente por isso que decidimos engravidar mas a notícia apanhou toda a gente nessa expectativa. Quase que aconteceu aquele "bem, temos uma coisa para vos contar" e logo se ouviu o palpite de "estás grávida?!" Foi giro.

Quanto aos amigos, saberiam uns meses mais tarde, quando tudo já era mais certo. Coincidiu com um jantar que organizamos lá em casa, curiosamente no dia da mulher. Soubemos entretanto que é uma menina.

Percebemos que contar ao "mundo" é um passo decisivo na experiência e que as coisas são mais reais quando partilhadas. Para nós, esta magia ficou certamente mais real quando a pudemos partilhar.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Tudo começa com..

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Descobri que estava grávida no dia 9 de Fevereiro de 2014. 
Na verdade, não foi bem uma descoberta, mas sim a confirmação do diagnóstico do meu atraso. Eu, que sou um relógio de pontualidade britânica, teria certamente algo de muito diferente a acontecer que explicasse o atraso.

Tinha de facto.
O teste de gravidez deu positivo às nove e tal da noite. Estava sozinha em casa e ainda que eu já soubesse, apanhou-me totalmente desprevenida. 
Nesse momento de pouca lucidez, só consegui enviar uma mensagem ao P. para ir para casa. Ele tinha acabado de sair nem há cinco minutos e achou aquilo muito estranho. Abri-lhe a porta dez minutos depois, com um teste de gravidez na mão e ligeiramente tremelicante.

Pegou em mim ao colo, todo ele felicidade, e eu tive a certeza absoluta que seríamos imensamente felizes com esta gravidez.

Passaram vinte e muitas semanas.
Hoje, com 33, já não há P. que possa comigo ao colo. Ainda assim, estamos  exactamente como achava que estaríamos: irremediavelmente felizes.
 

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